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domingo, 22 de março de 2009

O verdadeiro alvo da educação

Por Luís Eduardo Machado

“Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias.” (Mt 15:19)

A grande pergunta, que todos os pais fazem é: qual o maior objetivo da atuação dos pais diante dos filhos? Ou ainda: o que é educação de filhos bem sucedida? Qual seria a missão dos pais?


Podemos ouvir várias coisas como resposta. Uns dirão: - “O nosso maior objetivo com relação a educação dos nossos filhos é dar uma formação acadêmica adequada a eles”. Outros dirão: - “Existimos para prover proteção, saúde e bem estar a eles”. Ou ainda: - “Nossa função é fazer deles cidadãos responsáveis e seres humanos plenos” (sic!).


Todas essas coisas têm o seu lugar na educação de filhos, mas elas estão longe da razão principal apontada pelas Escrituras (e pelo Criador).


Todos os cristãos devem ter clareza de que há um único alvo maior e mais sublime que deve ocupar a toda a mente e nortear todas as ações dos pais.


O alvo supremo da educação de filhos é conduzi-los a presença de Cristo a fim de que eles possam recebê-lo como Senhor das suas vidas e sejam então transformados de dentro para fora.
O nosso alvo não é transformar os nossos filhos por fora. Não é adestrá-los para que se comportem em público. A educação “de fora para dentro” não funciona!


Toda mudança de comportamento durável e eficaz sempre terá que ser “de dentro para fora”.


Filhos que fingem bom comportamento (em troca de presentes ou mesmo por medo), mas que não tem o coração transformado por Cristo, isto é, não foram regenerados, não produzirão frutos duráveis.


Ted Tripp contou uma ilustração interessante sobre o assunto. Havia um homem em cujo quintal tinha uma macieira. Porém a sua macieira não produzia bons frutos, apenas poucas e miúdas maçãs verdes. Os outros vizinhos tinham belas macieiras com grandes maçãs vermelhas e suculentas no pé. Um dia a esposa desse homem não agüentou a humilhação e lhe disse: - “Não agüento mais esse nosso pé de maçã! Faça alguma coisa marido, precisamos de uma macieira que dê maçãs tão bonitas quanto as dos nossos vizinhos”. O marido não agüentou a pressão e bolou um plano. Durante a noite ele saiu e foi a uma frutaria e comprou as mais lindas e vermelhas maçãs que havia ali. Na madrugada colou uma a uma das lindas maçãs na sua árvore. De manhã, que grande surpresa! Todos os vizinhos notaram que aquela árvore tinha as mais belas maçãs da redondeza. A mulher ficou orgulhosa, todos que olhavam ficavam admirados e diziam: - “Parabéns, que lindas maçãs vocês produziram”. Porém dia a dia a coisa ficava pior. As maçãs compradas na loja iam apodrecendo. A verdade era que a natureza da árvore era ruim mesmo, não produzia maças “de dentro para fora” e qualquer abordagem “de fora para dentro” seria artificial e não durável.


Assim acontece quando damos uma “ajeitada” no exterior dos nossos filhos. Ensinamos palavras bonitas e gestos socialmente aceitos. Mas, quando viramos as costas eles voltam a ser o que são realmente por dentro.


Dizemos para que cuidem do irmão menor. Fazem isso na nossa frente, mas quando viramos as costas...


Dizemos para os adolescentes tomarem cuidado com as amizades. Na nossa frente é uma coisa, mas quando não estamos perto...


Veja bem: ou o coração dos nossos filhos é transformado e assim a mudança se dará de dentro para fora ou vamos passar a vida inteira “maquiando” o comportamento deles.


Ou eles se convencem do certo e do errado pela ação do Espírito de Deus no coração ou sempre serão reféns de si mesmos e do pecado que habita neles.


O que vale formamos grandes e bem sucedidos profissionais indo direto para a condenação eterna?


A única coisa que mais interessa é essa: ou os nossos filhos conhecem a Cristo e são transformados pelo Espírito ou eles, sendo o que forem na sociedade, serão sempre desgraçados.
Na presença de Cristo e com a direção da sua Palavra nossos filhos sempre serão abençoados e bem sucedidos. Somente Deus pode alcançar e transformar o coração. Deus tem um plano e nós como pais temos uma importante participação nesse processo.


Todas as outras coisas são secundárias.


Ainda que a salvação de meus filhos não esteja nas minhas mãos, a questão é: tenho feito minha parte para conduzi-los a presença de Deus? Tenho educado na Palavra? Tenho dado exemplo de atitudes que aproximem os meus filhos de Deus? Tenho valorizado o povo de Deus (Igreja)?


Deus nos livre daquele terrível dia em que não encontraremos nossos filhos no Reino de Deus e que saberemos que fomos co-participantes dessa desgraça! Para isso basta perdermos o foco e nos distrairmos com “as ofertas do mundo” para nós e para os nossos filhos.